Livros - O Alienista

O Alienista, de Machado de Assis (1839-1908), conta da história de um médico, Simão Bacamarte, que se dedica a estudar a loucura e cuidar dos doentes mentais. Simão estudou na Europa, mas resolveu morar em sua cidade natal, Itaguaí, no interior do Rio de Janeiro, onde constrói um hospital para doentes mentais, que ficou conhecido como Casa Verde. Ele se casa com Dona Evarista, esperando ter filhos com ela, mas não consegue. O poder da cidade é dividido entre o padre, o prefeito, os vereadores e o juiz, onde que com a chegada do médico e suas idéias malucas mexe nessa situação. Simão começa a testar suas idéias prendendo e soltando gente de seu hospício, sempre na busca da verdadeira diferença entre a loucura e a razão, causando (...).

Na historia de O Alienista, Machado de Assis expõe seu lado crítico voltado (a crítica contra) ao médico, que acredita que a ciência está sobre todos os outros valores. Ironiza alguns modos de agir na política: o revolucionário que quando chega ao poder, torna-se conservador. Mostra o sujeito que só age quando corre perigo, o individuo oportunista que só pensa em si e não no coletivo. Ou seja, naquela época o grande escritor que é Machado de Assis, soube transmitir de forma esplendorosa o que muito ainda acontece hoje, a busca (frenética) pelo poder, o interesse, o individualismo, e etc.

O critério para definir loucura varia muito:
O que para uns é considerado uma loucura para outros pode ser considerado normal,
“O coração tem razões que a própria razão desconhece” Sigmund Freud.

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 1839. Teve de lutar muito para sobreviver e conseguir ser escritor. Estudou pouco em escolas, o que aprendeu foi por esforço próprio. Começou a escrever ainda jovem. Casou-se, mas não teve filhos. Sua literatura é conhecida por retratar mais do que a vida cotidiana, mostrar muito bem a psicologia das pessoas de sua época, sendo muito ligado nos temas da sociedade. Faleceu em 1908. É um dos maiores escritores da língua portuguesa.

Créditos: Candinho Junior